top of page

GEOLOGIA DOS BASALTOS DA PROVÍNCIA DO PARANÁ E APLICAÇÃO COMO ROCHA ORNAMENTAL EM NOVA PRATA (RS)

Fernanda de Jesus Monteiro Serrão (Bolsista do Grupo PET-Geologia-UFPA) Rosemery da Silva Nascimento (Tutora do Grupo PET-Geologia-UFPA)


1-INTRODUÇÃO

Estetrabalho de levantamento bibliográfico, sobre aspectosgeológicos e econômico de rochas básicas vulcânicas (basaltos) que ocorrem na Bacia do Paraná, foidesenvolvido dentro do planejamento anual do Programa Educacional Tutorial-PET- Geologia-UFPA, no período de atividades remotas no ano letivo de 2021, considerando o afastamento social durante a pandemia causada pelo COVID-19. O trabalho trata, em especial, de basaltos que afloram na Bacia do Paraná, e tem por objetivo geral, elaborar um levantamento bibliográfico sobre a geologia regional da Província Paraná, dandoenfoque especial, no uso e aplicação como rocha ornamental dos basaltos da região de Nova Prata (Serra Gaúcha-RS) dentro do contexto geológico da Província ou Bacia do Paraná .

A Província Paraná, também descrita como Província Sedimentar Meridional (Silva et.al. 2003), é uma região de acúmulovulcano-sedimentar expressivo. Esse acúmulo se deu em 3 fases e/ou momentos distintos e independentes, correspondendo as 3 bacias nela contidas: Paraná, Serra Geral e Bauru. A Bacia Paraná corresponde, noregisto litoestratigráfico, às superseqüências: Rio Ivaí, Paraná, Gondwana I e Gondwana II, a Bacia Serra Geral corresponde à Superseqüência Gondwana III (Milani 1997) e, por fim, a Bacia Bauru corresponde ao Grupo Caiuá e Grupo Bauru (Fernandes e Coimbra, 1998; 2000). O levantamento de dados litoestratigráficos destas sequências de rochas auxiliano estudo e compreensão de registros de eventos de magmatismo extensivo, como este ocorridoa mais de 200 milhões, dentrodo território nacional,bem como o seu uso e aplicação como rocha ornamental.

2 - LOCALIZAÇÃO DA PROVÍNCIA DO PARANÁ

A Província Paraná (Fig.) é situada na porção centro oriental da América do Sul dentro da Plataforma Sul Americana, compreendida entre as regiõessul e sudeste do país. A ProvínciaParaná tem área total de aproximadamente 1.200.000km², distribuídos no Brasil(1.100.000km²), Argentina, Paraguaie Uruguai (100.000km²), e espessura de 8.000 metros de registro ígneo e sedimentar (Milani et. al. 1998).

A distribuição espacial de suas bacias se dá da seguinte forma: a Bacia Bauru se concentra no centro da província, enquanto que as Bacias Serra Geral e Paraná se distribuem mais ao sul e pelas bordas, respectivamente (Figura 2).


ree

ree
Fig.1- Bacia do Paraná na América do Sul. Fig. 2- Província Paraná. Fonte: L. A. Bizzi,
Fonte: CPRM, ProgramaLevantamentos Básicos C. Schobbenhaus, R. M. Vidotti e
Geológicos Básicos do Brasil, 2007. J. H. Gonçalves (eds.) CPRM, Brasília, 2003.

3- EVOLUÇÃO TECTONO-ESTRATIGRÁFICA

A evolução tectono-estratigráfica da Província do Paraná remontao período entre o Paleozóico e o Mesozóico, abrigando um registrolitoestratigráfico entre o Neo- Ordoviciano e o Neocretáceo. (Milani et. al. 1998). A região meridional do Gondwana foi uma extensa e segmentada faixa de interação da placa continental com a litosfera oceânica do Panthalassa no Fanerozóico. (Figura 3) Essa interação foi responsável por criar condições tectônicas iniciais para o nascimento da bacia. (Milani et. al. 1998).


ree
Fig. 3- Mapa esquemático simplificado do contexto geotectônico fanerozóico da margem sul do Gondwana. Fonte: Milani et. al. Evolução tectono-estratigráfica da Bacia do Paraná e seu relacionamento com a geodinâmica fanerozóica do Gondwana Sul-ocidental, 1998.

No que diz respeito a sua implantação e evolução, existem 3 diferentes teorias sobre a história evolutiva inicial da Província Paraná. Segundo Milaniet. el. (1997), tendocomo base a análise da subsidência da bacia em contraposição com as grandesorogêneses acontecidas na borda continental, infere-se que existeuma relação entre ciclos de criação de espaço deposicional na área intracratônica e os referidos episódios orogênicos. Por sobrecarga tectônica, a flexura litosférica propagada continente adentro foi interpretada como tendo sido um importante mecanismo de subsidência durante a evolução da Bacia. Já para Zalán et al. (1990), à implantação da sinéclise se sucedeu da contração térmica atribuída aos fenômenos tectonomagmáticos do Ciclo Brasiliano. E por fim, Segundo Fulfaroet al. (1982), representa um conjunto de calhas aulacogênicas orientadas segundo a direção NW-SE foi “as precursoras da sedimentação cratônica”. De forma geral,a Bacia do Paraná implantou-se de forma alongadaem depressões na direção NE-SW, respeitando o substrato pré-cambriano da trama com direção similar (Milani et. el., 1997). A Orogenia Oclóyica do Neo-Ordoviciano, foi responsável por reativar as zonas de fraqueza do embasamento, correspondentes ao arcabouço brasiliano (Ramos et al. 1986), criando, assim, espaço à acomodação para a Superseqüência Rio Ivaí. A posterior exposiçãosubaérea das unidades previamente acumuladasé registrada pela discordância neossiluriana indicando significativa remoção erosiva e o estabelecimento de um vasto e regular peneplano (Milani et. al. 2007). A retomada da subsidência, acumulou-se a Superseqüência Paraná, de idade devoniana. A supersequência Paranáé um pacote faciologicamente uniformeem toda sua grande área de ocorrência, devido a sucessivos eventos erosivos superpostos, ocorridos entre o final do Neodevoniano e o Carbonífero Médio, sua espessura é variável. Esses breves ciclos erosivos podem ser observados na porção superior da supersequência, indicando breves fases de sedimentação no Fameniano terminal e Eocarbonífero, com registros litológico inexistente, porém inferidos a partir de associações de palinomorfos dessas idades, retrabalhados no Grupo Itararé. (Milani et. al. 2007). A literatura descreveque existe um hiato de cerca de 70 Ma na coluna litoestratigráfica da Superseqüência Paraná,decorrente primordialmente de fatores tectônicos ligados à Orogenia Herciniana (Zalán, 1991; López-Gamundí e Rossello, 1993).Este hiato também pode ser explicado pela paleoposição em altas latitudes da placa gondwânica durante o Devoniano terminal e Eocarbonífero (Caputo e Crowell, 1985; Caputo et al. 2008), devido o desenvolvimento intermitente de calotas de gelo em áreas próximas e também sobre parte da Bacia do Paraná, além do grande rebaixamento do nível do mar advindo das glaciações (Milani et. al. 2007). Dessa forma, o registo mississipiano é inexistente se instalando uma considerável discordância neodevoniana (“pré-Itararé”) entre as supersequências Paraná e Gondwana I (Milani et. al. 2007). Depois desse longo períodode hiato, a sedimentação foi novamente retomada,no final Westfaliano, advinda da migraçãodo continente Gondwanapara o norte (Daemon e França, 1993; parte terminal do Moscoviano, de Gradstein et al. 2004). Essa migração ocasiona a invasãoe posterior saída do oceanoPanthalassa sobre o interior do Gondwana, ambientedo qual corresponde a supersequência Gondwana I, de sedimentação carbonífera, que expressa um ciclo transgressivo- regressivo completo (Milani, 1997), alcançando condições de máxima inundação no Artinskiano e encerrando com sistemas deposicionais continentais à entrada do Triássico. Já na fase de regressão marinha, a acumulação sedimentar foi acompanhada de um progressivo fechamento da Bacia do Paraná às incursões marinhas provenientes do Oeste e ao posterior aprisionamento no árido interior continental do Gondwana mesozoico (Milani et. al. 2007). Dentro desse contexto, com a chegada do Triássico há uma distenção na porção sul de Gondwana (Uliana e Biddle, 1988), onde a Supersequência Gondwana II se acumula de forma restrita em bacias do tipo graben, em que se registra um conteúdo fossilífero importante para associações. Tirando esse evento de distenção isolado, no períodoMesozóico existem condiçõesde erosão do tipo eólica formando a mais pronunciada lacuna do registro estratigráfico na Bacia do Paraná. Segue a sequência estratigráfica, a partir do final do Jurássico, com a acumulação de extensos campos de dunas sucedidospor rochas magmáticas oriundas do processode ruptura do Paleocontinente. Assim se estabelece, então, a Superseqüência Gondwana III (Milani et. al. 2007).

No período Eocretáceo, devido ao rompimento o megacontinente Gondwana, a terra como um todo foi submetida ao processo de fendilhamento (Pequenas fissuras) ocasionando magmatismos basálticos de grandes proporções. Na Bacia do Paraná esse evento de magmatismo foi chamado de Magmatismo Serra Geral e marcou o fim da sedimentação extensiva no interior do megacontinente Gondwana. Com a abertura do Oceano Atlântico, a Plataforma Sul-Americana tinha caráter ascensional e manteve esse caráter até o acúmulo de quase 2.000 m de espessura de lavas basálticas, onde, a partir disso, a litosfera buscou o ajusteisostático, subsidindo novamente (Milani et. al. 2007).

A partir da nova subsidência, a depressão formada sobre o pacote basáltico foipreenchida pelo materialsiliciclástico proveniente de alteração e erosão de rochas paleozoicas e pré-cambrianas expostasnas bordas da paleobacia. Esse acúmulo corresponde a Bacia Bauru que ocorreu em condições semi-áridas, mais úmidas nas margens e desérticas em seu interior. Durante essa deposição houveram dois eventos intrusivos de natureza alcalina87-80 Ma e 70- 60 Ma (Almeida e Melo, 1981).


4- BACIA DO PARANÁ

De acordo com o Sistema Global de Classificação de Bacias de Kingston et al. (1983), a Bacia do Paraná (Fig. 4) pode ser classificada como do Tipo Depressão Marginal, passando a Depressão Interior devido à obstrução da margem aberta (MSIS) pois existem quatro ciclos de subsidência, correspondentes às superseqüências: Rio Ivaí, Paraná, GondwanaI e Gondwana II (Milani, 1997).


ree
Fig.4 - Evolução tectônica da Bacia do Paraná. Fonte: L. A. Bizzi, C. Schobbenhaus, R. M. Vidotti e J. H.Gonçalves(eds.) CPRM, Brasília,2003.Modificado.

4.1-Supersequência Rio Ívai

A Supersequência Rio Ivaí é Ordoviciana-Siluriana, compreende as formaçõesAltas Garças, Iapó e Vila Maria (Fig. 5).


ree
Fig. 5 - Coluna Litoestratigráfica Supersequência Ivaí. MILANI et. al. Boletimde Geociências - Petrobras, 2007.

A Formação Alto Garças tem espessura máxima de 300m onde predominam arenitos quartzosos finos a grossospouco feldspáticos que na sua porção superiorpodem apresentar porções síltico-argilosas de cor avermelhada. Na base dessa unidade existem paleocorrentes em estratos cruzados de natureza fluvial, indicando que essa formação é de ambiente fluvial, transicional e costeiro. (Milani, 1997). A Formação Iapó é constituída por diamictitos de cores diversas, com matriz síltico-arenosa e clastos de natureza variada, onde a geometria dos estratos mantem-se horizontal a extensão da bacia. Seu contato com a Formação Alto Garças abrupto indica descontinuidade na históriade sedimentação, além de revelarum ambiente glacial(Milani, 1997). A Formação Vila Maria é formada por folhelhos fossilíferos, em geral, de cor vermelha, micáceos e com aspecto ferruginoso, localmente cinza-escuros. Por sua vez, os arenitos e siltitos da porção superior, exibindo estratificação cruzadado tipo hummocky e gretas de contração no intervalo superior (Faria, 1982). Com a sucessão desse pacote, se encerra o primeiro ciclo transgressivo-regressivo da sedimentação pois esses pelitos indicam ambientepredominantemente marinho e máxima superfície de inundação (Milani, 1997).


4. 2 – Supersequência Paraná

A Supersequência Paranáé de idade devoniana e é constituída pelo Grupo Paraná,formado pelas formaçõesFurnas e PontaGrossa (Lange e Petri, 1967) (Fig. 6).


ree
Fig. 6- Coluna litoestratigráfica da Supersequência Paraná. Fonte: MILANI et. al. Boletim de Geociências - Petrobras, 2007.

A Formação Furnas é representada por uma sucessão de arenitos quartzosos brancos, médios a grossos, caulínicos com estratificações cruzadas de várias naturezas, evidenciando seu ambiente sedimentar fluvial (Milani,et. al. 2007). A Formação PontaGrossa, por sua vez, vem logo depoisna sequência sedimentar onde o contato entre as duas se dá de forma granodecrescente. Esta formação que chega até 600m de espessura, é constituída por folhelhos dos quais foram subdivididos em 3 membros: Jaguariaíva, Tibagi e São Domingos (Lange e Petri, 1967). São Domingos, o membro mais inferior, marinho, corresponde à superfície de inundação máxima do Devoniano. Esse pacote pelítico corresponde ao fechamento do segundo ciclo transgressivo-regressivo da Bacia do Paraná (Milani, et. al. 2007). 4.3- Supersequência Gondwana I A Supersequência Gondwana I, de idade Carbonífera–Eotriássica, é constituída pelos grupos Itararé, Guatá e Passa Dois (Fig. 7), possuindo o maior volume sedimentar da Bacia do Paraná de espessura máxima da ordem de 2.500 m (Milani et. al. 2007).

ree
Fig. 7- Coluna Litoestratigráfica Supersequência Gondwana I. Fonte: MILANI et. al. Boletim de Geociências - Petrobras, 2007.

O Grupo Itararéé composto pelas formações Lagoa Azul, CampoMourão, Taciba e Aquidauana. A Formação Lagoa possui na ordem de 200 a 400m de siltitos, diamictitos siltico-argilosos, arenitos e conglomerados (França & Potter, 1988) referencias de um ambiente de transição subglacial à glacio-marinho (Maack, 1947). A Formação Campo Mourão é caracterizada por uma discordância erosiva entre a Formação Lagoa Azul com a deposição de espessos corpos de arenitos fino a conglomerático, folhelho e siltitos (França et al., 1994). A FormaçãoTaciba é formadapelos membros Rio Segredo (arenito), Chapéu do Sol (diamictito) e Rio do Sul (ritmito, siltito e folhelho) sendo o terceiro grande ciclo de granodecrescência ascendente do Grupo Itararé. (Weinschütz et. al. 2005). A Formação Aquidauana é constituída de diamictitos maciçose/ou estratificados, com seixos e blocos de múltiplas litologias e áreas-fonte, apresentando expressiva oxidação e cor vermelha França e Potter (1988) O Grupo Guatá é formado pelas formações Rio Bonito e Palermo. A Formação Rio Bonito compreende arenitos finos, siltitos e siltitos carbonosos que se intercalam a camadas de carvão (Bortoluzzi et al. 1987), correspondendo a um ambiente deltaico, marinhoe litorâneo. A Formação Palermotem siltitos e siltitos arenososcinza- amarelados com bioturbação bastante presentes, intercalados localmente por arenitos finos lenticulares e hummocky e Folhelhos, ditando, portanto, um ambiente marinho característico (Milaniet. al. 2007). O Grupo Passa Dois corresponde às formações Irati, Serra Alta, Teresina, Corumbataí e Rio do Rasto. A Formação Irati é formada por siltitos, argilitose folhelhos sílticosde cor cinza clara a escura, folhelhos pirobetuminosos, localmente alternados com calcáriosdolomíticos de coloraçãocreme, silicificados (Amaralet. al. 1971). A Formação SerraAlta é tida por folhelhos cinza-escuros finamente laminados, produto de decantação de argila em um contextomarinho de baixa energia, a última incursãomarinha importante documentada na Bacia do Paraná. (Gama Jr., 1979). A FormaçãoTeresina é dominantemente pelíticos, com estratificações cruzadas típicas de ambiente com ação de marés. A FormaçãoCorumbataí também é formada por arenitos finos com geometriados estratos típicas de um ambientede planície de marés e, por fim, a FormaçãoRio do Rastos que é constituída por siltitos, argilitos e arenitos finos, registrando o início da instalação de clima desértico na Bacia do Paraná (Moraes Rêgo, 1930).

4.4 – Supersequência GondwanaII A Supersequência Gondwana II, a última supersequência da Bacia do Paraná, é formada pelo Grupo Rosário do Sul que divide nas formações Sanga do Cabral, Santa Maria, Caturrita e Guará. A Formação Sanga do Cabral é constituída de arenitos de origem eólica compondo uma cunha que se adelgaça para sudoeste (Lavina, 1988), A Formação Caturrita é composta por seixos de siltito argiloso vermelho na base, seguido por arenito avermelhado de granulometria fina à média, composição quartzosa e matriz argilosa, sobreposto por siltito e folhelho também avermelhados (Andreis, 1980). A FormaçãoGuará é formada primeiramente por arenitos grossose conglomerados lenticulares, arenitos finos com laminação cruzada acanalada e arenitos finos de origemfluvial e eólica (CPRM, 2007). Vale ressaltar que a chamada Bacia Serra Geral é sobreposta acima da Bacia do Paraná e possui contato discordante com a mesma. É uma bacia do tipo IF (Fraturas Interiores, produzidas por esforços distensivos) (Kingston et al. 1983) e é composta litológicamente pela Supersequência Gondwana III (Milani, 1997).

4.5- Supersequência GondwanaIII A Supersequência Gondwana III é formada pelo Grupo São Bento de formações Botucatu e Serra Geral. A FormaçãoBotucatu, de espessuramáxima de 100 m, corresponde a arenitos de granulação fina a média que exibem estratificação cruzada tangencial, de médio a grande porte, indicando um pronto reconhecimento do “deserto Botucatu” (Milani et. al. 2007). A Formação Serra Geral é constituída de lentes de arenitos eólicos, intercaladas nas rochas vulcânicas de derrames basálticos continentais(Saunders et al. 1992) de 1.500m espessura e área de 1.200.000 km². O produto deste magmatismo está constituído por uma seqüência toleiítica bimodal onde predominam basaltos a basalto andesitos, e, sobre esses basaltos, estão sobrepostos riolitose riodacitos. (Peateet al. 1992). Esse derrame basálticoé dividido em dois gruposdistintos: um alto e um baixo em TiO2, proveniente de dois reservatórios magmáticos. No total, esses basaltossão compreendidos em oito subtipos com características químicas ereológicas distintas(Peate et al. 1992). Segundo Turner et al. 1994, esses derrames tiveram início em 137,4 Ma e encerramento em torno de 128,7 Ma.

4.6- Bacia Bauru A Bacia Bauru, de idade Neocretácea (Soares et al. 1974), é sobreposta sobre as rochas vulcânicas da Formação SerraGeral de formadiscordante e possuiárea de 1.200.000 km² e 300 m de espessura máxima.(Fernandes e Coimbra,1998; 2000). É uma baciatambém do tipo IF (FraturasInteriores, produzidas por esforços distensivos) (Kingston et al. 1983) constituída pela Supersequência Bauru. possui dois grupos cronocorrelatos: Caiuá e Bauru.

4.6.1- Supersequência Bauru A Supersequência Bauru está dividida em dois grupos cronocorrelatos, ou seja, duas unidadeslitológicas que apesar de separadasespacialmente correspondem a deposições de mesmo período, grupos Caiuá e Bauru. O Grupo Caiuá é constituído pelas formações Rio Paraná, Goio Erê e Santo Anastácio. A Formação Rio paraná apresentaarenitos marrom-avermelhado a arroxeado, finos a médios, quartzosos, secundariamente subarcoseanos. A Formação Goio Erê é formada por arenitos quartzosos frequentemente subarcoseanos, marrom-avermelhado a cinza-arroxeado, de granulação fina a muito fina, ocasionalmente média. A Formação Santo Anastácio é constituída por arenitos finos a muito finos, com fração sílticasubordinadamente, com essência quartzosa, caracteristicamente maciços e por vezes tem caráter subarcoseano. (Fernandes et. al. 1993). O Grupo Bauru é representado pelas formações Uberaba, Vale do Rio do Peixe, Araçatuba, São José do Rio Preto, Presidente Prudente e Marília. A Formação Uberaba compreende arenitos muito finos a lamitos siltosos cinza-esverdeados a verde-oliva comgeometria tabular e lenticular, de estrutura maciça,com estratificação cruzadatabular/acanalada ou laminação plano-paralela, intercalado secundariamente de argilitos, arenitosconglomeráticos e conglomerados de matriz arenosa,correspondendo a depósitos de sistema fluvial entrelaçado e de fluxos em lençol. A FormaçãoVale do Rio do Peixe é compreendida estratos tabulares de arenitos finos a finos marrons claros rosados a alaranjado, de seleção moderada a boa. Intercalados com siltitos ou lamitos arenosos de cor creme a marrom, maciçosou com estratificação plano-paralela pouco definida, fendasde ressecação e feições tubulares (bioturbação) A Formação Araçatuba é constituída de estratos tabularessilto-arenosos muito finos, de cor cinza-esverdeado, de aspecto maciço,com estratificação plano-paralela e acumulou-se em ambiente paludial de águas salinas rasas e pouco agitadas, com períodos de exposição. A Formação São José do Rio Preto é constituída por arenitos finos a muito finos com cor marrom claro a bege, moderadamente a mal selecionados, frequentemente conglomeráticos, exibindoclastos de lamitos,argilitos, sílica e de nóduloscarbonáticos ou fragmentos de ossos e carapaças transportados (Fernandes e Coimbra2000). A FormaçãoPresidente Prudente é composta predominantemente por arenitos muito finos a finos e por lamitosarenosos. Estas litologias encontram-se alternadas com arenitos na forma de lentes com estratificaçãocruzada acanalada, arenitos tabulares com estratificação sigmoidal interna, arenitos a siltitos tabularescom estratificação plano-paralela e o ambienteinterpretado por Fernandes (1998) e Fernandes e Coimbra (2000), é de sistema fluvial meandrante com canais amplos e rasos e depósitos de arrombamento de diques marginais. A Formação Marília, segundo Fernandes e Coimbra (2000), é composta por três membros: Serra daGalga (arenitos grossosa finos imaturos,frequentemente conglomeráticos, amarelo-pálidos a avermelhados, com intercalações secundárias de conglomerados e lamitos), Ponte Alta (unidades detríticas arenosasintensamente cimentadas por carbonato de cálcio: calcários arenosos maciços, conglomeráticos de matriz arenosa, e calcários finos fragmentados) e Echaporã (estratos tabulares maciços de 1 m de espessura, de arenitos finos a médios,com frações grossase grânulos em quantidades subordinadas, de cor bege a rosa-pálida).


5 - BASALTOS SERRA GERAL COMO ROCHAORNAMENTAL

O uso e aplicação de materiais pétreos como adorno, ornamento, ferramenta, material de edificações, etc, tem um papel importante na história da humanidade, marcandoimportantes momentos da sua evoluçãona Terra. Nesse sentido, diante da vasta variabilidade das rochas disponíveis das formações geológicas que afloram no território nacional, é importante realizar o estudo de suas características geológica, petrológica e mineralógica, e avançar em áreas de aplicação, como rochas ornamentais, a fim de ampliar o conhecimento no uso e aplicação de materiais pétreos.


5.1 – Definição de Rocha Ornamental

De acordo a Associação Brasileira de Normas Técnicas(ABNT), as rochas ornamentais constituem um material rochoso natural, submetido a diferentes graus de aperfeiçoamento (apicoado, frameado, polido e recortado) e utilizado para exercer uma função estética. Em se tratando de uma rocha natural, é um material que deve ser submetido aos diversos processos de desdobramento e beneficiamento final.


6– BASALTOS DAS FORMAÇÕES NOVA PRATA E SERRA GERAL

6.1 - Basaltosornamentais do Município de Nova Prata,Serra Gaúcha

No Município de Nova Prata - RS, em pedreiras chamadas Analu (Fig. 8) e Lovison, são extraídas rochas que correspondem a derrames de “basaltos” pórfiros, dacitos,riodalitos e riolitos.É importante salientarque o termo basalto é usado comercialmente e nem sempre correspondem ao nome científicoda rocha. Dessa forma é mais bem encaixado as classificações de Milner et al. (1995)dacitos, riodacitos, dacitose ignimbritos (piroclásticas).


ree
Fig. 8- Vista geralda Pedreira Analu - RS.

Os basaltos que afloram no Município de nova Prata apresentam disjunçãotabular horizontal (Fig. 9), texturaintersertal, intergranular a vitrofírico, com composição mineralógica dominante de labadorita, augita e vidro oxidado (Fig. 10) (Nascimeno,2019). Nas superfícies das disjunções horizontais estão presentes os chamados “pseudofósseis” que correspondem a superfícies de óxido de Mn com hábito dendrítico. Esses ‘pseudofósseis’ correspondem a dendritos (Fig. 11).


ree
Fig. 9 - Detalhede disjunções tabulares horizontais em basalto que ocorrem na Pedreira Analu.

ree
Fig. 10 - Fotomicrografia de basaltos da Pedreira Analu.

ree
Fig. 11- Amostra de basalto ornamental da Pedreira Lovison (RS) com dendritos de oxi-hidróxido do de manganês.

6.2- Dendritos Dendritos são estruturas que geralmente aparecemem fraturas de algumas rochasou entre duas camadas sucessivas delas. Segundo Martínez (2020), são particularmente abundantes nas rochas vulcânicas da Formação Serra Geral, do Rio Grande do Sul e possuemcaracterísticas fundamentais: a. Em geral tem formato bidimensional em descontinuidades planas, mas podem ter formato tridimensional, gerando dendritos de espessura significativa em espaços “abertos”, não confinados entre duas superfícies vizinhas. b. São constituídos por partículas extremamente pequenas, aglomerados coloidais ou microcristais. c. Omecanismo deve diferenciar se são partículas que existiam anteriormente no fluido e que são depositadas ao se alterar o regime de fluxo, ou sesão formadas e depositadas in situ.


Dessa forma existem dois processos formados de dendritos: Crescimento ou Adição Limitadapor Processos de Difusão e Interdigitação Viscosa.O primeiro formadoa partir e um líquido que contém as partículas coloidais ou microcristais em suspensão, alojados em uma fina fissura na rocha. Já o segundo processo, conta com a existência de dois líquidos imiscíveis, um deles de menor viscosidade, sendo injetado no outro. Olíquido que é injetado abre “canais” em todas as direções dentrodo que o cerca e os canaisse ramificam (Martínez,2020).

5– CONSIDERAÇÕES FINAIS Diante do que foi exposto, podemos dizer, de modo geral, que os basaltos da Formação Serra Geral dentrodo contexto geológicoda Bacia do Paraná resultamde uma complexa evolução geológicade supersequências vulcano-sedimentar formadas em diferentes momentos geológicos. No que se refere à estética, a textura dentritica formada de óxido de manganês na superfície das disjunções horizontais destes basaltos conferebeleza e valor econômico a estas rochas. Esse fato, somado com a resistência natural do material rochoso, difere o produto de outros tipos de rochas ornamentais magmáticas, pois são feições diferenciadas e únicas no território nacional que devem ser divulgadaspara apreciação do público em geral visando o avanço do conhecimento de rochas ornamentais oriundas de evento magmático no passado geológico.

REFERÊNCIAS ALMEIDA, F. F. M.; MELO, M. S. A. Bacia do Paraná e o vulcanismo mesozoico. In: INSTITUTODE PESQUISAS TECNOLÓGICAS DO ESTADO DE SÃO PAULO – IPT. AMARAL, S. E. - 1971- Geologiae petrologia da Formação Irati (Permiano) no Estado de São Paulo. Bol. Inst.de Geociências e Astr., São Paulo, 2:(3-82) ANDREIS, R.R.; BOSSI, G.E.; MONTARDO, D.K. 1980. O Grupo Rosário do Sul (Triássico) no Rio Grandedo Sul. In: CONGR. BRAS.GEOL., 31. Camboriú, 1980. Anais... Camboriú, SBG. v.2, p. 659-73. BORTOLUZZI, C. A.; AWDZIEJ, J.; ZARDO, S. M. Geologia da Bacia do Paranáem Santa Catarina.In: SILVA, L. C.; BORTOLUZZI, C. A. (Ed.). Textos básicos de Geologia e recursos minerais de Santa Catarina: Mapa geológico do Estado de Santa Catarina. Texto explicativo e mapa –Escala 1:500.000. Florianópolis: Departamento Nacional de Produção Mineral, 1987. n. 1, p. 135-167. CAPUTO, M. V.; CROWELL, J. C. Migration of glacial centers across Gondwana during Paleozoic Era. Geological Societyof America Bulletin, Boulder, 96, p. 1020-1036, 1985. CAPUTO, M. V.; MELO, J. H. G.; STREEL, M.; ISBELL, J. L. Late Devonian and Early Carboniferous glacial records of South America. In: FIELDING, C. R.; FRANK, T. D.; ISBELL, J. L. (Ed.). Resolving the Late Paleozoic ice age in time and space. Boulder: Geological Society of América, 2008. p. 161-173. Special Paper, 441. CPRM, Folha Agudo. SH.22-V-C-V, escala 1:100.000. Programa Levantamentos Básicos Geológicos Básicos do Brasil. pag. 43, 2007. DAEMON, R. F.; FRANÇA, A. B. 1993. Sedimentos do Westfaliano (Carbonífero Médio) na Formação Lagoa Azul, Grupo Itararé.In: SIMPÓSIO SOBRE CRONOESTRATIGRAFIA DA BACIA DO PARANÁ, 1., 1993, Rio Claro. Resumos.Rio Claro: Universidade Estadual Paulista, 1993. p. 36.


FERNANDES, L. A.; COIMBRA, A. M.; BRANDT NETO, M. Silicificação hidrotermal neocretácea na porção meridional da Bacia Bauru. Revista do Instituto Geológico, São Paulo,v. 14, n. 2, p. 19-26,1993. FERNANDES, L. A.; COIMBRA, A. M. 2000. Revisão estratigráfica da parte oriental da Bacia Bauru (Neocretáceo). Revista Brasileira de Geociências, São Paulo, v. 30, n.4, p. 723-734, 2000. FRANÇA, A. B.; POTTER, P. E. Estratigrafia, ambiente deposicional e análise de reservatório do Grupo Itararé (Permocarbonífero), Bacia do Paraná (Parte 1). Boletim de Geociências da PETROBRAS, Rio de Janeiro, v. 2, n.2-4, p. 147-191, abr./dez. 1988 FRANÇA, A.B.; TRIGUIS,J.A.; ANJOS, S.M.C.;MILANI, E.J.; WOLFF,S. 1994. ProjetoPonta Grossa. Curitiba: PETROBRÁS, 2 v. (relatório interno). FULFARO, V. J.; SAAD, A. R.; SANTOS, M. V.; VIANNA, R. B. Compartimentação e evolução tectônicada Bacia do Paraná. Revista Brasileira de Geociências, São Paulo, v. 12,n. 4, p. 233-256, 1982. GAMA JUNIOR,E. A sedimentação do Grupo Passa Dois (exclusive FormaçãoIrati), um modelogeomórfico. Revista Brasileira de Geociências, São Paulo, v. 9, n. 1, p. 1-16, 1979. GRADSTEIN, F. M.; OGG, J. G.; SMITH, A. G. A geologic time scale. Cambridge: Cambridge University Press,2004. 610 p. KINGSTON, D.R., DISHROON, C.P., WILLIAMS, P.A. 1983. Globalbasin classification system.AAPG Bulletin, 67:2175-2193. LANGE, F. W.; PETRI, S. The Devonian of the Paraná Basin. In: BIGARELLA, J. J. (Ed.). Problems in Brazilian Devoniangeology. Curitiba: Universidade Federal do Paraná,1967. p. 5-55. (Boletim Paranaense de Geociências, 21/22). LAVINA, E. L. The Passa Dois Group. In: INTERNATIONAL GONDWANA SYMPOSIUM, 7., 1988. São Paulo. Fieldexcursion guide book.São Paulo: Institutode Geociências, 1988.p. 24-30. 1988. LÓPEZ-GAMUNDÍ, O. R.; ROSSELLO, E. A. Devonian-Carboniferous unconformity in Argentina and its relationto Eo-Hercynian orogenyin Southern South America. Geologische Rundschau, Stuttgart, v. 82, p. 136-147, 1993. MAACK, R. Breves notícias sobre a Geologia dos estadosdo Paraná e Santa Catarina.Arquivos de Biologiae Tecnologia, Curitiba,v. 2, p. 63-154,1947. MARTÍNEZ, J.S. Parecemplantas fósseis, mas são dendritos. © Terrae Didat.Campinas, São Paulo,v.16, pag. 1-19, 2020. MILANI, E. J.; FACCINI, U. F.; SCHERER,C. M. S.; ARAÚJO, L. M.; CUPERTINO, J. A. Sequences and stratigraphic hierarchy of the Paraná Basin (Ordovician to Cretaceous), Southern Brazil. Boletim IG-USP, São Paulo, p. 125-173. nov. 1998. (Série Científica, n. 29). MILANI, E. J. Evolução tectono-estratigráfica da Bacia do Paraná e seu relacionamento com a geodinâmica fanerozóica do Gondwana Sul-ocidental. 1997. 2 v. Tese (Doutorado) - Universidade Federal do Rio Grande do Sul, Porto Alegre,1997. MILANI, E.J.; MELO, J.H.; SOUZA, P.A.; FERNANDES, L.A.; FRANÇA, A.B. Bacia do Paraná. Boletim de Geociencias - Petrobras, 2007 MILNER S.C., DUNCAN A.R., EWART A. 1995. Trans-Atlantic correlation of eruptive sequences and individual silicicvolcanic units withinthe Paraná-Etendeka igneousprovince. Journal of Volcanology and Geothermal Research, v. 69, p. 137-157.


Mapa Geológico do Estado de São Paulo, São Paulo: IPT, 1981, v.1, p.46-81. Escala l:500.000.


Moraes Rêgo, L o F o 1930:15 (Notas sobrea geologia no Território do Acre e da bacia do JavaryoCezar. Cavalcanti & Cia o, Manaus, 45 p.)


NASCIMENTO, R.S. BasaltoOrnamental da SerraGaúcha (Nova Prata–RS): Impressões colhidas durantea viagem pitorescagauchesca tchê. Boletimdo museu de Geociências da Amazônia (BOMGEAM), Belém, ano 6, n. 3, 2019.


PEATE, D.W., HAWKESWORTH, C.J., MANTOVANI, M.S.M. 1992. Chemical stratigraphy of the Paraná lavas (South America): classification of magma types and their spatial distribution. Bulletin of Volcanology, 55:119-139.


RAMOS, V. A.; JORDAN, T. E.; ALLMENDINGER, R. W.; MPODOZIS, C.; KAY, J. M.; CORTÉS, J.

M.; PALMA, M. Paleozoic terranes of the central Argentine- Chilean Andes. Tectonics, Washington, v. 5, n. 6, p. 855-880,1986.


SAUNDERS, A.D., STOREY,M., KENT, R.W., NORRY, M.J. 1992. Consequences of plume-lithosphere interactions. In: Storey, M., Alabaster, A., Pankhurst, R.J. (eds.). Magmatism and the Causesof Continental Break-up. Bath. Geological Societyof London, p. 41-60. (Special Publication, 68).


SILVA, A.P., LOPES, R.C, VASCONCELOS, A.M, BAHIA, R.B. Bacias Sedimentares Paleozóicas e Meso-Cenozóicas Interiores. Geologia, Tectônica e Recursos Minerais do Brasil. Cap. II. Pag. 71-74. CPRM, Brasília, 2003.


SOARES, P.C., LANDIM, P.M.B.,FÚLFARO, V.J. 1978. Tectonic cycles and sedimentary sequences in the Brazilian intracratonic basins. Geol. Soc. Am. Bull. 89:181-191.

TURNER, S., REGELONS, M., KELLEY, S., HAWKESWORTW, C., MANTOVANI, M.S.M.1994.

Magmatism and continental break-upin the South Atlantic: high precision geochronology. Earth and Planetary Science Letters, 121:333-348.


ULIANA, M. A.; BIDDLE, K. Mesozoic-Cenozoic paleogeographic and geodynamic evolution of southern South America. Revista Brasileira de Geociências, São Paulo, v. 18, p. 172-190, 1988.


WEINSCHUTZ, L.C. & CASTRO, J.C. A seqüência Mafra superior\Rio do Sul inferior (Grupo Itararé,Permocarbonífero) em sondagens testemunhadas da região de Mafra (SC), margem leste da Bacia do Paraná. S. Paulo, UNESP, Geociências, v. 24, n. 2, p.131-141, 2005


ZALÁN, P. V.; WOLFF, S.; ASTOLFI,M. A. M.; VIEIRA, I. S.; CONCEIÇÃO,J. C. J.; APPI, V. T.; SANTOSNETO, E. V.; CERQUEIRA, J. R.; MARQUES, A. The Paraná Basin, Brazil. In: LEIGHTON,

M. W.; KOLATA, D. R.; OLTZ,D. F.; EIDEL, J. J. (Ed.). Interiorcratonic basins. Tulsa:American Association of Petroleum Geologists, 1990. p. 681-708. (AAPG. Memoir, 51).


ZALÁN, P. V. Influence of Pre-Andean orogenieson the Paleozoic intracratonic basins of South America. In: SIMPÓSIO BOLIVARIANO: EXPLORACIÓN PETROLERAEN LAS CUENCAS SUBANDINAS,

4., 1991, Bogotá. Memórias.Bogota: Asociacion Colombiana de Geologos y Geofisicos del Petroleo, 1991.Trabalho 7.

 
 
 

Comentários


PET -  Geologia | UFPA
logoig-alta.png
bottom of page